domingo, 8 de dezembro de 2013

Você apareceu de repente, não mais que de repente
Trazendo-me muito mais do que eu esperava
Vestindo aquele seu sorriso, de longe, meu favorito
Motivo dos meus quando de ti, lembrava.

Quero dormir sob a luz da lua e de seus olhos
E a cada manhã, com o seu beijo acordar
Eu me sinto tão completo ao seu lado
Pois você é o que eu mais queria encontrar.

Ei , venha mais perto de mim
Um dia vou te levar pra longe, prometo
E o tempo vai ser melhor pra nós dois.

Eu te quero mais que tudo, exatamente assim
Tudo que eu sinto não coube nesse soneto
Mas quero te mostrar devagarinho, depois.

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Luto.

Alí ele descansa.
A vida inteira que podia ter sido e não foi.
Tantos sonhos esquecidos, perdidos entre tantas decepções que mudaram-no para sempre.
Todos lamentam, Mas ninguém sabe como tudo começou.
Talvez ele dera sinais antes de tudo isso acontecer, talvez pudera ser tudo diferente.
Talvez.
Descansa.
Cansado de tudo e de todos.
Mas não tinha ninguém.
Por isso estava cansado.
E então ele acorda.
Arruma-se.
Desvia o olhar do espelho.
E continua a seguir sua rotina.
E continua a viver sua vida.
Vazia.
Cansativa.

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Cena

Você sabe, eu faço cena só pra você me perceber
Crio um drama e troco os papéis sem querer
Não quero ser esse personagem tão abstrato
Assim.
Quero te resgatar, mesmo sem precisar
Enfrentar tudo que queria te machucar
E nunca mais deixar que nada te afaste
De mim.
E no final, nessa peça eu quero ser seu herói
Não quero saber quem escreve esta história
Mas hei de estar com você no último ato
Fim.

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Eu poderia escrever o quanto sinto sua falta, como você me fazia tão bem e o quanto eu sinto falta de nossos beijos sempre seguidos de sorrisos, ou de nossos abraços apertados que faziam me sentir infinito.

Eu poderia escrever todos os planos que eu fazia sobre nós dois antes de dormir, de como eu queria comprar uma casa perto da natureza pra nós vivermos em paz, longe do barulho e do estresse da cidade grande; nós seriamos tão felizes brincando com nossos gatos e cachorros e de noite eu tocaria minhas músicas pra te ver sorrir e você leria pra eu dormir.

Eu poderia escrever sobre o quão minha vida está vazia, de como está sendo difícil sorrir ultimamente e como está sendo difícil os meus olhos secarem.

Eu poderia escrever sobre tudo isso...

...Mas não vou...

...Porque você não vai ler.

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Antes e depois.

Não quero te ver se não for ao meu lado.
Não vou tocar mais uma nota se não for pra te ouvir cantar.
Não vou mais me importar com o que ficou pra trás.
Por favor não me procure deixa eu te encontrar.

Já não há mais nada que eu não faça pra te ver bem.
Não vou escrever mais uma palavra se não for pra te mostrar.
Então Esqueça tudo que não te faça sorrir.
Eu já esqueci, então vem me acompanhar.

E se mesmo assim você tentar me convencer que já passou, vou sorrir e negar, te mostrando que apenas começou.

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Dizem que você não pode depender de alguém para ser feliz, e que viver assim é viver em um constante risco. mas o que define uma pessoa feliz se não sua relação com quem a cerca, não há como ser feliz sozinho, os sorrisos foram feitos para ser mostrados e todo mundo precisa de alguém pra nos segurar quando caímos e que precise de nós para o mesmo.

"A felicidade só é real quando compartilhada". - Na natureza selvagem.

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Odeio seu jeito, o jeito como você fala e quando você não fala.

Odeio sua indecisão, seus sentimentos que me confundem com a sua própria confusão.

Odeio seu orgulho, sua insegurança e seus medos que parecem tanto os meus.

Odeio ter que pensar em ti e fazer planos demais.

Odeio seus olhos e como os meus fechavam ao te beijar e hoje não fecham mais.

domingo, 13 de outubro de 2013

Luzes barulhentas.

Fracas.

Sala de espera.

Domingo.

Tão cinza quanto podia ser.

muitos pacientes.

Ele tremia.

Sozinho.

Impaciente.

Apagava o cigarro.

Acendia outro.

Não dá mais.

Procurou ela.

Passos.

Lembranças.

Finalmente.

Encontrou-a.

Súbito pranto.

Aparrelhos.

Seringas.

Olhos fechados.

Amor?

Sem resposta.

Segurou sua mão.

Fria.

Culpa.

Pode me ouvir?

Não podia.

Abraçou-a.

Sussurou.

Você não está sozinha.

Último abraço.

Gritos.

Agora silêncio.

Acabou.

Rosas.

Funeral.

Clarisse andava pela rua, confusa, não sabia ao certo o que estava acontecendo, só sabia que agora estava à mercê do acaso.

Não gostava de dias chuvosos, e chovia muito naquele dia, sentia saudade do comforto de sua casa e de sua família mas estava perdida, sem ter onde ir andava em meio a pessoas que com olhares vazios mal notavam sua existência.

Procurou um lugar para se proteger da chuva até que enfim encontrou um abrigo, um amontoado de jornais parecia um bom lugar pra ficar, então ali deitou e tentou dormir um pouco naquela noite fria que parecia não ter fim.

Sonhava, no sonho sua mãe corria em sua direção e abraçava-a repetindo: -"está tudo bem meu bebê, nós não vamos nos separar, nunca mais".

Acordou pouco depois, ainda era madrugada mas a chuva já tinha parado e agora só havia uma fina neblina. ela então pra passar o tempo olhava pra lua e pras estrelas, imaginando como foi que tudo isso foi acontecer.

Em meio a neblina surgiu uma silhueta, Clarisse com medo iria tentar se esconder mas estava tão cansada que decidiu apenas esperar. eis que era um velhinho, andando devagar com sua bengala parecia um tanto solitário, seus olhos entreabertos transmitiam bondade e ele a avistou e disse sorrindo: -"ei pequena, está frio demais pra estar na rua, ainda mais a essa hora". ele extendeu a mão e a ofereceu um lugar pra passar a noite.
ela não sabia ao certo o que ele queria com ela, mas acabou por ir com ele.

Chegando em sua casa ele cuidou de seus ferimentos e fez comida para os dois, Clarisse ainda estava assustada mas se sentia protegida com a companhia dele alí.

Ele dizia que ela era linda e que foi muita sorte de ter a encontrado. -"só deus sabe o que poderia ter acontecido contigo sozinha naquele lugar, o mundo anda tão violento...".

Ele contava histórias pra ela de sua neta e de como ela está crescendo rápido e de como sentia saudades de sua esposa que tinha falecido em janeiro. depois de algum tempo ele desligou a televisão e foi descansar e ela subiu na cama junto a ele e em meio a carícias, ronronou feliz mais uma vez.
Já é tarde demais, sei que nada vai voltar, sigo a suspirar quando lembro seu olhar.

Nossos pequenos momentos e o seu lindo sorriso que pra mim eram meu pequeno paraíso.

Mas algo aconteceu e a gente se perdeu, o que foi que deu errado? foi você? fui eu?

E então de repente o eterno teve um fim, me pergunto por que tudo teve de ser assim.

De sorrisos à lágrimas, entre promessas quebradas, você se foi sem me deixar mais nada.

Imagino como você está agora e se ainda pensa em nós, não esqueci seu jeito, seu beijo, sua  voz.

E agora só posso esperar que encontre outro alguém, que assim como eu também, sempre vai te amar...